segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cordel: Brasil: ontem, hoje e amanhã




Brasil: Ontem, hoje e amanhã

Ontem, hoje e amanhã.
O hoje, amanhã será ontem.
Este cordel foi escrito no hoje,
Para que no amanhã contem
Como dissecamos nosso país,
E esse passado remontem.

Senhoras e senhores, eis agora nossa apresentação:
Um cordel escrito na atualidade
Com efeitos do passado, alegrias e sofrimentos.
Queremos mostrar nossa brasilidade
Para um futuro próximo, promissor
Puro, livre de toda maldade.

Ontem, os europeus aqui chegaram
Com a intenção de colonizar.
Mas, quando viram tantas riquezas:
Índios, pau-brasil, ouro, começaram a explorar.
Roubaram, mataram nossa gente e terra.
E conseguiram, por muito tempo, nos aprisionar.

Negligências são inúmeras.
Melancolias causadas pela escravidão
Dos indígenas brasileiros e negros africanos.
Sofrimento, dor, lágrimas ao chão.
Para mudar eles renitiram
Usando mente, força e coração.

Conseguiram assinar documentos e leis,
Entretanto, a escravidão persistiu.
Quantos negros, mulheres, indígenas e outros
O preconceito na pele sentiu?
Já perdemos a conta de tanta intolerância.
Mas, espere aí... isso aí, a lei não proibiu?

É, tudo nesse país é proibido,
Inclusive usurpar da população,
Não só dinheiro, mas também,
A liberdade de expressão
Pela qual passou e passa
Representantes do povão.

Devemos tomar cuidado!
Alguém pode estar a nos vigiar.
Se por acaso falamos demais
Esses tempos podem voltar
E aí não teremos como
Este simples cordel terminar.

Este é o passado da nossa história:
Absurdos como preconceito, exploração.
Nossa gente amargurada, sofredora
Com fome, desemprego, ilusão.
É triste ter essa certeza
Pela qual passou nossa nação.

Hoje, presenciamos intolerância e ambição.
Assistimos todos os dias só gente morrer:
Desnutrida, assassinada, doente, indignada.
Responda a pergunta: o correto é deixar o rio correr?
Não, não é. Enquanto houver sol, existirá esperança.
Será que é muito? Chega de sujeira. Só queremos viver.

Este Brasil que temos está cheio
De corrupção, desmatamento, violência.
Não é este o país que queremos.
Temos que usar nossa consciência
Para mudar a realidade brasileira.
Vamos com força vamos com renitência.

Não podemos aceitar
Que continuem assim:
Queimadas, nepotismo, roubos
Predominando o “só para mim”.
Vamos lá, incansáveis, renitentes
Queremos ter outro fim.

As queimadas só favorecem
Os fazendeiros milionários
Que limpando seus pastos
Não são nada solidários,
“Que se danem as florestas!”
Assim pensam, esses mercenários.

Ah, e alguns “poderosos políticos”
Com a ganância ultrapassando o coração.
Roubam do povo o emprego,
A saúde, dignidade, educação.
Sem falar do nepotismo
Praticado até no interiorzão.

O amanhã se aproxima
Caminhando devagar.
Não é hora de desistir,
Esperançosos um dia vamos acordar
Com o Brasil mudado, pacífico.
E, neste dia vamos festejar.

O que queremos para o nosso país
É a proposta que os renitentes vão falar
Reflorestamento, paz, educação, saúde,
Tolerância, amizade e muito amor para dar.
Justiça social e ética na política
São outras mudanças que queremos ressaltar.

O reflorestamento na região Norte,
Justiça social na região Nordeste,
Na Sul, conservação da natureza,
Saúde de qualidade e paz na Sudeste.
São as metas que sonhamos para o Brasil.
E, principalmente, ética no Centro – Oeste.

Para isso não devemos esquecer,
Que só vamos conseguir
Se todos se convencerem
De que precisamos renitir
Lutar por esses ideais
E no final poder sorrir.

Vamos exaltar o Brasil!
Ele não é só um país sem igual.
Nossas indignações são a garantia
De um país livre do mal.
Busquemos as glórias, alegrias
Cantemos nossa identidade nacional.



Lindiane Carla Pereira Cardoso
Riacho de Santana - BA 

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