quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Greve - Últimas Notícias


A comissão de negociação do Sindicato-APEOC e representantes do Comando de Greve dos professores da Rede Estadual de Ensino foi recebida, hoje dia 24 de agosto, às 18 horas, em Audiência pelo governo do Estado por meio do Deputado Ivo Gomes, Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Roberto Cláudio, Líder do Governo na Assembleia Legislativa, Deputado Antonio Carlos.
Na avaliação do Comando de Greve do Sindicato-APEOC a audiência é resultado da força da Greve dos Professores em todo o Estado do Ceará e fruto de várias injunções da categoria junto ao governo.
O presidente do Sindicato-APEOC fez breve histórico dos fatos que culminaram na Greve, principalmente da Proposta apresentada pelo governo que causava grande prejuízo à carreira, registrando com clareza que a proposta apresentada é tão ruim que não cabe remendos e que a proposta da categoria é a aplicação do piso na atual carreira do magistério repercutindo em todas as referências salariais.
O Deputado Ivo Gomes informou que a posição do governo é de não negociar em greve e disse que a Greve foi precipitada e fez apelo de retorno às aulas a greve e defendeu a evolução funcional pelo desempenho como princípio inarredável.
Os membros do Comando de Greve dos professores do Estado disseram que o apelo do Deputado não surtia eco na categoria tendo em vista que apesar da Educação do Ceará ser a melhor do Nordeste no IDEB os professores recebem o 5º pior salário do país e que a negociação direta com o Governador de aplicação do piso na atual carreira com descompressão seria o caminho para o retorno às aulas.
Foi dito ainda pelos representantes do Comando de Greve que é lamentável a postura do Governo em não respeitar o direito constitucional fundamental à greve e que a categoria estava firme na greve em todo Estado em defesa do piso e da carreira.
A direção do Sindicato-APEOC informa que a Greve continua firme e forte,  é dizer, a Greve é legal e temos que continuar fortalecendo o movimento pela reabertura do canal de negociação e aplicação do piso na atual carreira do magistério beneficiando todos os professores.

TODOS AO DIA "D" DA EDUCAÇÃO - QUINTA-FEIRA - 25 DE AGOSTO NA PRAÇA DA IMPRENSA!
EM DEFESA DO PISO  E DA CARREIRA!

Fonte: http://www.apeoc.org.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Aos alunos e colegas professores da rede pública estadual do Ceará:



Venho aqui desabafar meus sentimentos em relação às últimas declarações do Sr. governador Cid Gomes acerca da greve dos professores do Estado, que já ultrapassa sua segunda quinzena, e tem nos trazido muita indignação e tristeza. É deplorável a falta de respeito e de importância, dada à educação, por parte dos governantes.
Ontem (22.08.11), em Camocim, Cid, diante de uma comitiva de professores grevistas, indagou:
-Por que vocês fizeram concurso? Por que não foram para a escola privada? (...) Por mim, nem carreira existiria!
-(...) A escola privada é melhor. É para lá que vocês deveriam ir!
Anteriormente, em outro momento, o mesmo já havia declarado:
-O professor tem que dar aula por gosto; não pelo salário. Se quer ganhar mais, vai para a escola privada!
A arrogância e o desrespeito foram indignadores. E, para completar, no mesmo dia, a TV Ceará (TVC) reprisou um programa de entrevistas com a presença do irmão do governador, Ciro Ferreira Gomes. Na entrevista, Ciro declarava que “greve só AVACALHA a situação da educação e SACRIFICA o filho do pobre”. Avacalhar e sacrificar! Será que os irmãos Ferreira Gomes realmente entendem o sentido dessas palavras? Pergunto-me. Será que o aluno da rede pública, “o filho do pobre”, como ele mencionou, já não é sacrificado todos os dias letivos do ano? Primeiro: por ser pobre. Por viver em condições precárias, em virtude da falta de uma política honesta e igualitária, que garantisse condições dignas de vida para todos; segundo: pelas péssimas condições físicas e estruturais das escolas, onde o aluno é obrigado a passar uma manhã inteira sentado em uma carteira inadequada ao seu tamanho e desconfortável à sua coluna (isso quando há carteiras!); passar 5, 6 horas do dia em salas sem ventilação, sem limpeza, servindo-se de uma merenda escolar de baixa qualidade (ele que, muitas vezes, por ser “o filho do pobre”, já não tem uma alimentação nutritiva em casa, e não tem o direito a tê-la nem mesmo na escola); terceiro: por não ter acesso a um transporte escolar e, por isso, muitos são obrigados a caminhar horas e horas para chegar à escola. Sem falar na presença, em sala, de um professor desestimulado pelo desrespeito e pela má remuneração. Porque não há ninguém, nenhum ser humano na terra que se sinta feliz com seu trabalho, se não houver estímulos para isso. Não é dar aula por gosto (como disse o governador), mas ter gosto para dar aula. E isso só aconteceria se o governo parasse de “avacalhar” a educação e de “sacrificar” alunos e professores. E compreendesse que a educação é a chave para milhões de portas que se abrirão no futuro, que ela é a base para a construção de uma sociedade sólida e de uma nação forte. E que todos os países do chamado “Primeiro Mundo” estão lá porque sabem disso e porque priorizam essa questão. Na Europa e na Ásia, por exemplo, professores pós-graduados são muito bem remunerados para estar em salas de aula da educação básica, preparando seus alunos para chegarem com bom nível na universidade e, assim, produzirem bons profissionais que serão valorizados no mundo todo. O próprio governo do Estado, recentemente, inaugurou o terminal de múltiplo uso do porto do Pecém, cuja tecnologia da obra é toda de responsabilidade de uma empresa japonesa. Nós importamos profissionais de outros países porque o governo não investe em educação!
E por que insistir em mandar os professores que lutam por um salário mais digno para a escola particular? Não seria melhor e mais correto investir na escola pública e no profissional desta escola? Não seria esse o papel do Estado, Sr. Cid? Como podemos estar “avacalhando” a educação se ela já vem sendo avacalhada pelos governantes faz tempo? Afinal de contas, o piso salarial porque brigamos já é uma luta histórica, não faz parte da modernidade! É ridícula a maneira como os governos vêm coordenando isso! Estão sempre deixando de molho questões importantes e imediatas. Até quando?
Mas, apesar de toda essa sujeira, tenho visto algo que tem me alegrado bastante: o crescente apoio dos estudantes na luta pela valorização do professor. Isso é uma inovação em nosso histórico grevista, pois o mais comum sempre foi ver alunos contrários aos movimentos, inconformados por serem os principais prejudicados. Mas isso também é a prova de que eles mesmos não aguentam mais tanta injustiça e desrespeito. E, principalmente, é a prova de que, ao contrário do que pensa o governador, o trabalho dos educadores do estado do Ceará está sendo bem feito sim. Estamos formando cidadãos críticos, com consciência de classe. Isso deve incomodar profundamente os governantes. Aliás, por falar em trabalho bem feito, em 2007 e 2009, o Ceará atingiu a primeira colocação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Norte/Nordeste. Ou seja, por duas vezes, o Ceará é considerado o melhor do Norte/Nordeste e o 6º melhor estado do Brasil em educação. Isso é quase inacreditável, se pensarmos que temos aqui também os educadores com o 5º pior salário do país. No entanto, é mais uma prova de que, mesmo mal pagos, executamos bem a nossa parte. E por que o governador não lembra disso? Só lembra de dizer asneiras, do tipo: “servidores públicos que não têm compromisso com o trabalho, deveriam ser demitidos pelo Estado”. Se isso acontecesse mesmo, a primeira providência do nosso ilustre governador deveria ser redigir sua própria carta de demissão. Pois um governante que não pensa e não age responsavelmente diante de uma situação tão delicada, sem dar a ela a devida importância, não deveria ocupar o posto que ocupa.
Sem mais a declarar e diante de tal realidade, aos queridos alunos, peço que continuem nos apoiando nesta luta, pois este apoio é fundamental, uma vez que esta batalha também é por vocês. Aos colegas educadores, força e determinação. Não podemos e nem devemos desisitir. O fim de toda essa política fascista deve estar próximo. E que as próximas eleições possam refletir o resultado deste aprendizado.

Abraço,

Prof.ª Márcia de Oliveira.
EEFM Albaniza Rocha Sarasate.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Greve - Últimas Notícias


Professores em greve dão aulão na Praça do Ferreira

Imprimir

Os educadores do Estado, em greve desde a última sexta-feira (5), começaram a segunda-feira (8), com uma atividade de mobilização no centro da capital. Durante todo o dia eles devem ficar na Praça do Ferreira com “aula pública”, e exposição da pesquisa salarial dos professores em todo o Brasil.
O evento é chamado de o aulão da educação. O sindicato da categoria pretende mostrar que a proposta do governo é prejudicial para a carreira do professor. O objetivo do sindicato com o aulão é dialogar com a população e captar assinaturas para um abaixo-assinado, na intenção de conseguir abertura do processo de negociação com o Governo.
A greve atinge todos os 184 municípios do Estado do Ceará. A decisão foi efetivada após o cancelamento de uma reunião entre representantes do Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), a secretária da Educação, Izolda Cela, e representantes das secretarias da Fazenda e do Planejamento e Gestão, que deveria ter ocorrido na quarta-feira (3) para discutir o salário dos educadores.
(Fonte: TV Jangadeiro, 08-08-2011)

Nosso Apelo...


Governantes, por favor, não acabem com a educação!
E.E.F.M Albaniza Rocha Sarasate

Cordel: Brasil: ontem, hoje e amanhã




Brasil: Ontem, hoje e amanhã

Ontem, hoje e amanhã.
O hoje, amanhã será ontem.
Este cordel foi escrito no hoje,
Para que no amanhã contem
Como dissecamos nosso país,
E esse passado remontem.

Senhoras e senhores, eis agora nossa apresentação:
Um cordel escrito na atualidade
Com efeitos do passado, alegrias e sofrimentos.
Queremos mostrar nossa brasilidade
Para um futuro próximo, promissor
Puro, livre de toda maldade.

Ontem, os europeus aqui chegaram
Com a intenção de colonizar.
Mas, quando viram tantas riquezas:
Índios, pau-brasil, ouro, começaram a explorar.
Roubaram, mataram nossa gente e terra.
E conseguiram, por muito tempo, nos aprisionar.

Negligências são inúmeras.
Melancolias causadas pela escravidão
Dos indígenas brasileiros e negros africanos.
Sofrimento, dor, lágrimas ao chão.
Para mudar eles renitiram
Usando mente, força e coração.

Conseguiram assinar documentos e leis,
Entretanto, a escravidão persistiu.
Quantos negros, mulheres, indígenas e outros
O preconceito na pele sentiu?
Já perdemos a conta de tanta intolerância.
Mas, espere aí... isso aí, a lei não proibiu?

É, tudo nesse país é proibido,
Inclusive usurpar da população,
Não só dinheiro, mas também,
A liberdade de expressão
Pela qual passou e passa
Representantes do povão.

Devemos tomar cuidado!
Alguém pode estar a nos vigiar.
Se por acaso falamos demais
Esses tempos podem voltar
E aí não teremos como
Este simples cordel terminar.

Este é o passado da nossa história:
Absurdos como preconceito, exploração.
Nossa gente amargurada, sofredora
Com fome, desemprego, ilusão.
É triste ter essa certeza
Pela qual passou nossa nação.

Hoje, presenciamos intolerância e ambição.
Assistimos todos os dias só gente morrer:
Desnutrida, assassinada, doente, indignada.
Responda a pergunta: o correto é deixar o rio correr?
Não, não é. Enquanto houver sol, existirá esperança.
Será que é muito? Chega de sujeira. Só queremos viver.

Este Brasil que temos está cheio
De corrupção, desmatamento, violência.
Não é este o país que queremos.
Temos que usar nossa consciência
Para mudar a realidade brasileira.
Vamos com força vamos com renitência.

Não podemos aceitar
Que continuem assim:
Queimadas, nepotismo, roubos
Predominando o “só para mim”.
Vamos lá, incansáveis, renitentes
Queremos ter outro fim.

As queimadas só favorecem
Os fazendeiros milionários
Que limpando seus pastos
Não são nada solidários,
“Que se danem as florestas!”
Assim pensam, esses mercenários.

Ah, e alguns “poderosos políticos”
Com a ganância ultrapassando o coração.
Roubam do povo o emprego,
A saúde, dignidade, educação.
Sem falar do nepotismo
Praticado até no interiorzão.

O amanhã se aproxima
Caminhando devagar.
Não é hora de desistir,
Esperançosos um dia vamos acordar
Com o Brasil mudado, pacífico.
E, neste dia vamos festejar.

O que queremos para o nosso país
É a proposta que os renitentes vão falar
Reflorestamento, paz, educação, saúde,
Tolerância, amizade e muito amor para dar.
Justiça social e ética na política
São outras mudanças que queremos ressaltar.

O reflorestamento na região Norte,
Justiça social na região Nordeste,
Na Sul, conservação da natureza,
Saúde de qualidade e paz na Sudeste.
São as metas que sonhamos para o Brasil.
E, principalmente, ética no Centro – Oeste.

Para isso não devemos esquecer,
Que só vamos conseguir
Se todos se convencerem
De que precisamos renitir
Lutar por esses ideais
E no final poder sorrir.

Vamos exaltar o Brasil!
Ele não é só um país sem igual.
Nossas indignações são a garantia
De um país livre do mal.
Busquemos as glórias, alegrias
Cantemos nossa identidade nacional.



Lindiane Carla Pereira Cardoso
Riacho de Santana - BA 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Feira das Profissões - UFC - 2011































Alunos do Ensino Médio da EEFM Albaniza Sarasate marcando presença na Feira das Profissões 2011, realizada de 03 a 05 de agosto, no Campus do Pici - UFC. Muito bom!