quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Cor do Invisível - Mário Quintana

Grupo Verso & Reverso declamando o poema A Cor do Invisível, de Mário Quintana. Em 30.06.2011, no LEI da Escola Albaniza Sarasate.

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas em seus fúteis problemas tão perdidas que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida: não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida - acaso lhes indaga que horas são...

(Mário Quintana)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Crase

(Prof. Márcia de Oliveira)

Crase: fenômeno ortográfico que corresponde à fusão entre a preposição "a" ou "as"e o artigo feminino definido "a". Assim, para não escrevermos "aa" ou "aas", utilizamos o acento grave para indicar a fusão entre tais elementos, obtendo, dessa maneira: à (=a+a) e às (=a + as).
A crase torna-se um problema por ser uma marca exclusiva da escrita. Nós não ouvimos a crase. Na fala, não existe nenhuma diferença entre a e à ou entre as e às. Por isso, é tão importante a compreensão e o estudo das regras para saber utilizá-las adequadamente.

Perguntas que se deve fazer:
a) A expressão exige a preposição a?
b) Na expressão, existe o artigo feminino a ou as?
A melhor maneira de perceber isso é substituir, na expressão, a palavra feminina por uma masculina. Se em lugar de a ou as aparecer ao ou aos, a crase deverá ser utilizada.
Ex: É preciso levar luz à zona rural.

Se substituirmos a expressão feminina "zona rural" pela palavra masculina "campo", teremos:
Ex: É preciso levar luz ao campo.

Logo, através da presença do artigo masculino a + o diante da palavra "campo", concluímos que com a expressão feminina "zona rural" deverá ocorrer o fenômeno da crase, pois o verbo "levar" exige preposição e a expressão feminina pede artigo feminino diante dela. Assim, a + a = à.

OBS: não confundir acento grave (`) com acento agudo (´).
Acento grave: marca a fusão entre a + a. (à)
Acento agudo: marca a tonicidade da sílaba.(´)

Regras:

1) Jamais use crase diante de verbo:
Ex: Limitou-se a comprar o indispensável.
      Ela ficou a ver navios.
      Começo a entender o fenômeno da crase.

2) Jamais use crase diante de palavra masculina:
Ex: Andou a cavalo.
      Escreveu a lápis.
      Passeou de barco a vapor.
Exceções: 
  • aquele/aquela/aqueles/aquelas
Ex: O passageiro dirigiu suas queixas àquele mesmo fiscal. (a + aquele)

  • Quando estiver subentendida a expressão à maneira de ou à moda de:
Ex: Escreve à Machado de Assis
      Contou uma piada à Jô Soares.

3) Jamais use crase diante de pronomes pessoais, demonstrativos e do artigo indefinido ou numeral um/uma:
Ex: Ele disse a ela que não iria hoje.
      Ninguém obedece a esta determinação do síndico.
      Ela foi a uma loja do centro.
Exceção: 
  • uma (hora de relógio)
Ex: Encontrou-se com ele à uma hora da tarde.
     À uma da madrugada, todos os gatos são pardos.

OBS: 
Quando um/uma hora significar distância, NÃO receberá crase.
Ex: Campinas fica a uma hora de São paulo.

OBS:
A expressão a distância só receberá crase quando a distância for determinada.
Ex: Estou à distância de 100m da casa de Marília.

4) Jamais use crase se o a sem (marca de plural) estiver diante de palavra feminina no plural.
Ex: Ele só fez referência a questões menores.
      Foi a várias cidades durante as férias.

Algumas expressões que sempre ocorrem com crase:
-Às vezes...
-À maneira de...
-À moda de...
-Às escuras...
-À exceção de...
-À mão...
-À escuta...
-À procura...
Às 4 horas...(expressões com horas)

Bons estudos!

Aula: 22.06.11 - 1º ano B

Paródia da Crase



♫ Festa da Crase 
(Prof. Márcia de Oliveira)


Hoje tem festa da crase
Pode vir, pode chegar
Antes de palavra feminina
É preciso a gente usar

A crase é uma fusão
Artigo com preposição
Se venho da e vou a
Crase é claro que eu vou usar

Pra quê?
Se a distância não determinou
Estudar Português é show
Se venho de e vou de
Vou usar crase pra quê?

Craseou... Craseou... Craseou... Craseou...
E vai rolar a crase, vai rolar
Diante de verbo, jamais vou usar
E vai rolar a crase, vai rolar
Se a gente estudar, jamais vai errar

E vai rolar a festa, vai rolar
Se eu estudar bastante, se eu praticar
E vai rolar a festa, vai rolar

Passar no ENEM e no vestibular!

Aula: 22.06.11 - 1º ano B

sábado, 4 de junho de 2011

Cordel - A Realidade de um País

(Laecio Aguiar)

Todo mundo quer viver
Não importa a situação
Se é num apartamento
Se é num barracão

O que importa é manter
Toda a nossa honestidade
Vivendo com muito amor
E longe da crueldade

Me lembro de antigamente
Tempo de muita aflição
Os corruptos na política
E os honestos no caixão

Não consigo imaginar
Todo este acontecimento
Aquele que foi marcado
Por bastante sofrimento

Agora tudo mudou
Tá um pouco diferente
A política é oculta
E tão pouco mostra os dentes

Mas, basta você saber
Um pouco da realidade
E aí, o tempo volta
E tira sua liberdade

Mas eu digo pra você
Vamos todos batalhar
Quem sabe, deste jeito
O Brasil tome respeito
E comece a mudar.




(Laecio Aguiar é aluno do 2º ano A)

Festa Dia das Mães - 2011 - Peça Teatral

Dramatização encenada pelos alunos do Grupo de teatro Alban'Art, da Escola Albaniza Sarasate, em homenagem às mães. Muito lindo!

O amor de mãe é mais forte do que qualquer coisa!

28.05.11

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Fabulando na Escola

Dramatização da Fábula  A Raposa e o Gato



Fábula (do L. fabula, significando "história, jogo, narrativa, conta, conto", literalmente "o que é dito") é uma narrativa figurada, na qual seres irracionais, objetos inanimados ou situações fictícias ganham caracteristicas humanas ou existência imaginária, com o propósito de instrução moral, que sustenta toda a história e, em geral, é revelada ao seu final. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto. É muito interessante para crianças, pois permite que elas sejam ensinadas dentro de preceitos morais sem que percebam.
E outra motivação que o escritor pode ter ao escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um concurso que tenha essa modalidade de escrita como opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar da ironia, da sátira, da emoção e muito mais. Lembrando-se sempre de escolher personagens inanimados, irracionais ou situações imaginárias, e uma moral que norteará todo o enredo.

Fábula é uma história narrativa que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho etc. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.
A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua "Revolução dos Bichos" (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
A forma mais comum de uma fábula é de um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para não cometermos erros.
As fábulas são narrativas curtas, na qual os personagens são animais e nelas sempre no final mostra uma lição de moral. 



Elenco:

  •  Carliane Cruz (1º B)
  •  Paulo Matheus (1ºC)
  •  Marcos Brilhante (1ºA)
  •  Ivo Rocha (1ºB)
  • Francisco Iago (1ºA)

Direção e Produção:

Prof. Itassucê Furtado


Colaboração:


Anderson (1ºA)